SÃO JOSÉ

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21jul

Colégio Franciscano São José participa de congresso do Sinepe

Evento teve como tema “Ousadia para mudar”

 

            O 14º Congresso do Ensino Privado Gaúcho do Sinepe-RS, realizado de 19 a 21 de julho, no Centro de Eventos da PUCRS, em Porto Alegre, teve como tema “Ousadia para mudar”. Com sete conferências, um painel e quatro palestras, a programação teve nomes de destaque da academia, como os professores Leandro Karnal e Clóvis de Barros Filho.

            Os 2 mil professores participantes, entre eles a Vice-diretora do Colégio Franciscano São José, Ana Maria Smozinski; a Orientadora Educacional, Ir. Cristiane Bisolo, e a Coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental Anos Finais, Tânia Sulcoski, foram recebidos de forma descontraída, numa brincadeira com balões, que deu início à proposta do evento: ousadia para mudar diante de uma nova mentalidade no ambiente escolar.

            O doutor em Medicina e membro efetivo da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre Cláudio Laks Eizirik abriu o evento com a conferência “O ser humano e suas possibilidades de mudança num mundo em rápida transformação”, enfatizando que nada é permanente, exceto a mudança. “Na educação, a mesma coisa. As escolas podem ser as mesmas, a matéria a mesma, até o texto o mesmo, mas cada aula é diferente, porque os alunos são outros e nós somos outros”, falou o especialista.

            O compromisso com valores e a fidelidade foi o norte da fala do doutor em Teologia e professor das disciplinas de Provocações Filosóficas (FDC) e Ética na Sociedade do Conhecimento na Pós-Graduação (UFRJ), Zeca de Mello, na conferência “Refletindo sobre nossos valores”. Segundo ele, não há instituição que não esteja passando por uma crise. “É necessário pensar no que realmente vale”, afirmou o professor, mostrando a necessidade da reflexão diante de um momento histórico desafiador, de mudanças constantes.

O professor da USP, Clóvis de Barros Filho, que abordou o tema ética e educação, propôs caminhos para a escola ajudar a resolver a crise ética na sociedade brasileira. O evento discutiu, ainda, o papel da economia criativa na educação, com a futurista e pioneira em economia criativa no Brasil, Lala Deheinzelin.

            A inovação na educação esteve em debate com a conferência do professor de novas tecnologias na USP, José Moran. Ele mostrou resultados pedagógicos das escolas que investem em metodologias ativas de aprendizagem.

            O Congresso contou, também, com uma palestra internacional, com o português Alexandre Ventura, que defende o professor como protagonista da mudança na educação e discutiu a avaliação de professores e meritocracia.

            O historiador Leandro Karnal fechou a programação do congresso com a conferência “Professor: faça a mudança acontecer”. Educado em outro sistema, afirmou que a educação deve ter autoridade, não ser autoritária, diferenciando o aluno do cliente. “Atender ao cliente é entregar a ele o que ele quer, atender ao aluno é entregar o que ele necessita”, afirmou.

            Em tempos de acesso irrestrito à informação, disse que a memória deveria ser abolida. “O que faz a diferença é a atitude do professor, que pode e deve lançar mão de recursos tecnológicos, pois nem tudo que é novo é bom, tem valor, e nem tudo que é velho, é ruim, deve ser descartado”, pontuou, acrescentando que os professores devem ser exemplos e se atualizar sempre. “O professor é um aluno permanente. Dar aula implica em querer aprender para sempre. Se eu perdi isso, o pior lugar para eu estar é na sala de aula. Ser professor faz a maior diferença no mundo”, completou.

 

Foto Divulgação

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